Outubro chega ao fim e, para marcar o mês que incentiva o autoexame como forma de prevenção ao câncer de mama, entrevistamos a fisioterapeuta, Dra. Fabíolla Santos Miranda, pós-graduada em Dermato Funcional e Cosmetologia. Ela explica como a Fisioterapia auxilia pacientes diagnosticadas com a doença. Confira a entrevista na íntegra!
- Estamos em outubro, mês de conscientização sobre a importância da prevenção ao câncer de mama. Como atua a Fisioterapia em pacientes com esse tipo de câncer?
A Fisioterapia atua nesse tipo de câncer não diretamente na doença, mas sim na funcionalidade pós iniciado o tratamento com o Oncologista. Atua também na minimização dos efeitos do próprio tratamento: como na quimioterapia, na cirurgia, ou na radioterapia.
- A Fisioterapia pode ajudar na prevenção, evitando a reincidência da doença?
A Fisioterapia pode ajudar na prevenção através da orientação, que é essencial e primordial, e através também da qualidade de vida, por meio da atividade física. Agora, quanto à reincidência, é necessário o acompanhamento médico através de exames de rotina.
- Quando é recomendável começar a Fisioterapia?
A Fisioterapia é iniciada desde o diagnóstico médico do oncologista, podendo ser criado um programa coadjuvante ao tratamento médico.
- Como é a atuação da Fisioterapia no pré-operatório?
A Fisioterapia pode ser indicada sim no pré-operatório. Cada tipo de câncer tem um cuidado específico, daí a importância da conversa com o oncologista para um planejamento específico, como exercícios respiratórios, posturais e aeróbicos.
- E no pós-operatório?
No pós-operatório é necessário avaliar se existem aderências cicatriciais, avaliar o arco de movimento do segmento operado, avaliar a qualidade da pele, avaliar a mobilidade do ombro e avaliar a postura.
- Como costuma ser a recuperação das pacientes?
A recuperação vai depender do tipo da cirurgia que foi abordado pelo médico cirurgião. As técnicas cirúrgicas hoje têm uma proposta e um cuidado de pensar nesse pós-operatório. Normalmente, quando a Fisioterapia é iniciada precocemente, tende a ser melhor.
- Existe diferença de tratamento para a mulher que faz mastectomia ou apenas retira uma parte da mama?
A diferença entre uma e outra é avaliar a funcionalidade em particular do local operado, e isso vai demandar uma recuperação mais curta ou mais longa no prognóstico do paciente.
- Os seios são um símbolo da feminilidade. Como é lidar com pacientes que perderam uma ou as duas mamas?
Normalmente é necessário que essa paciente seja acompanhada por uma psicóloga, e o acompanhamento pode ser também estendido para a família: como o marido, a sogra e a mãe da paciente.
- Qual a mensagem que a senhora deixa para o fisioterapeuta que deseja se especializar nesta área?
É preciso equilíbrio, compaixão, carinho, paciência com o paciente e familiares. E, claro… Profissionalismo atualizado com uma equipe multidisciplinar!!
Conheça um pouco mais sobre nossa entrevistada:
Dra. Fabíolla Santos Miranda é graduada em Fisioterapia pelo Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação (RJ), tem pós-graduação em Fisioterapia Dermato Funcional e Cosmetologia, e atualmente trabalha no Instituto Biosete. Também já lecionou na Faculdade Novo Milênio e Favi e é professora convidada para palestras na Emescam.